São Paulo, 14/8 – O deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS), que preside a Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMaq), criticou nesta segunda-feira, 14, a Medida Provisória (MP) 777/2017, que propõe a adoção da Taxa de Longo Prazo (TLP) nos contratos firmados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a partir de 1º de janeiro de 2018, em substituição à atual Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

Segundo o deputado, a mudança, se aprovada, vai elevar os juros dos financiamentos de máquinas e implementos agrícolas. “A leitura do governo é a de que o setor (agropecuário) está bem e que se pode taxá-lo um pouco mais. Não podemos permitir de forma alguma que qualquer governo que seja retire a renda do produtor”, afirmou Goergen, na abertura do 7º Congresso da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), que acontece em São Paulo até a quarta-feira, 16.

Na abertura, o presidente do conselho da Andav, Salvino Camaroti, disse que o setor de distribuição de insumos já passa por consolidação e precisa se preparar para isso. “Já estamos passando por um rearranjo institucional e por consolidação. O faturamento de alguns distribuidores já supera o de muitos fornecedores”, disse Camaroti na abertura do Congresso. Neste cenário, continuou Camaroti, empresas de distribuição precisam se adaptar às mudanças do mercado e buscar a profissionalização, tema que, enfatizou ele, será amplamente debatido no evento.

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, destacou o programa do Estado que pretende rastrear a origem dos produtos comercializados e utilizados pelos produtores rurais, a fim de combater a pirataria de insumos agropecuários. “Que seja um poderoso instrumento de combate à pirataria”, disse Jardim.