Em entrevista, Maurílio Biagi destaca na força de seu mandato a assinatura da concessão dos 30 anos da Fazenda Experimental para a realização da Agrishow. Comenta também sobre a importância do 20º aniversário da feira, que supera as outras edições em estandes, demonstrações de tecnologia e possível recorde de visitantes, com a promessa da visita da presidenta Dilma Rousseff.

Em seu segundo mandato como presidente da Agrishow, qual foi a evolução?
A assinatura definitiva da cessão da área da fazenda experimental por 30 anos pelo governador do Estado Geraldo Alckmin.

Com isso, quais são os investimentos previstos para as próximas edições?
Algumas empresas anunciarão suas sedes definitivas e não vão mais precisar ser montadas e desmontadas. Vamos começar a fazer estruturas definitivas para os bancos que há 20 anos comparecem, como o Banco do Brasil e o Bradesco.

Na nova configuração, a feira está perto de seu limite físico. Isso pode ser um problema?
Acredito que não. A feira deste ano é maior do que a do ano passado, que já havia superado a do ano retrasado, e ainda tem um espaço grande para crescer.

Na sua opinião, qual é a contribuição da Agrishow para o agronegócio brasileiro?
A Agrishow é uma feira completamente inovadora, por causa da área de demonstração que possui. É um elo de ligação com o agricultor, o produtor, as tecnologias, as inovações e os lançamentos.

O volume de negócios esperado passa de R$ 2 bilhões. Este será um ano de ouro?
Este ano, para ser conservador, estou achando que podemos sonhar com 10% de acréscimo, chegar perto de R$ 2,5 bilhões de faturamento.

O setor de defensivos químicos ainda não participa de forma efetiva. Haverá uma reaproximação para os próximos anos?
É um dos objetivos trazer de volta alguns sócios. Trazer toda a cadeia do agronegócio, pois todos têm a ganhar com isso.

A Agrishow se transformou num importante palco político. Haverá demanda dos produtores a ser entregue às autoridades presentes?
Isso é inevitável. Nós estamos discutindo para que a classe política aproveite a Agrishow da mesma forma que as inovações tecnológicas chegam aqui.

A feira pretende abraçar outros setores, como aves e suínos, assim como fez com a pecuária?
Essa é uma questão técnica que precisa ser analisada, mas não é tendência da Agrishow avançar nesse campo.

Com a Informa, uma empresa com DNA agropecuário trabalhando na organização, o que muda na feira?
A Informa vai dinamizar a feira, investir em infraestrutura, e isso já mostra o apetite e a tendência deles, que estão querendo se firmar nesse segmento.

Qual é o ponto alto da edição 2013?
Os 20 anos da Agrishow, que conta com recorde de estandes e a garantia da fazenda por mais 30 anos.