No dia 28 de julho de 1960, o então presidente brasileiro, Juscelino Kubitscheck fundava o Ministério da Agricultura do Brasil. Desde então, comemora-se nesta data o Dia do Agricultor. Mais do que celebrar a justa homenagem, porém, neste ano o agricultor deve ser ainda mais reconhecido pela contribuição que está dando ao País ao liderar o segmento do Produto Interno Bruto que cresce com consistência exercendo um papel fundamental para a geração de emprego, renda e riqueza. Mesmo durante a maior crise sanitária da história provocada pela pandemia da Covid-19.

Resultados mais recentes mostram que junho foi mais um mês de recordes. As exportações alcançaram US$10,17 bilhões – o maior valor no mês desde o início da série histórica em 1997 – além de crescimento de 24,5% em comparação com o mesmo período de 2019, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A soja continua como líder no ranking dos produtos mais exportados, com um total de 13,8 milhões de toneladas, sendo a China o país responsável pela alta nas exportações e por adquirir 70% dos grãos. Com o volume, o agronegócio aumentou sua participação nas exportações em 12,4% no mesmo mês, alcançando 56,8%, contra 44,4% do mesmo período de 2019.

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A supersafra, em especial da soja, é um dos destaques para o ano. Em um movimento impensável há alguns anos, o País apresenta uma produtividade similar e até mais alta do que os Estados Unidos, historicamente a superpotência na produção do grão. Para este ano, a expectativa é que a produção nacional chega a 120 milhões de toneladas, resultado que poderia ter sido melhor não fosse a seca que assolou a região Sul do Brasil.

Bons resultados esperados para o ano extrapolam a soja. Com base nos dados de junho, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2020, deve crescer 8,8% chegando a R$ 716,6 bilhões, contra os R$ 658,8 bilhões de 2019. O valor das lavouras cresceu 11,6 % e o da pecuária, 3,4%. O aumento do valor das lavouras deve-se principalmente aos desempenhos de arroz (12%), soja (19,8%), milho (13,7%), café (39,3%) e laranja (9,8%).

Já a pecuária também tem sido beneficiada pelas boas condições do mercado internacional. De janeiro a junho deste ano, as exportações das proteínas animal geraram uma receita de US$ 8 bilhões. O valor das exportações de carne bovina foi de US$ 3,927 bilhões, carne suína, US$ 1,07 bilhão, e carne de frango, US$ 3,09 bilhões.

Os resultados do VBP regional indicam Mato Grosso liderando o ranking com 17,5% do valor, seguido do Paraná (12,8%), São Paulo (12,7%), Minas Gerais (10,7%) e Goiás (8%).

Se o Brasil se destaca como uma potência agrícola é graças ao profissionalismo, empreendedorismo e trabalho do agricultor brasileiro.