Produção crescente, preços internacionais em alta e crédito farto. Esta é a trinca de fatores que podem levar a Agrishow deste ano a bater novo recorde em volume de negócios. Um cenário que faz crescer a busca por crédito agrícola e que requer cuidados para escolher uma linha de financiamento que seja sob medida para o investimento. Dados da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura mostram que, dos R$ 115 bilhões disponibilizados pelo Plano Safra 2012/2013, cerca de R$ 78 bilhões já foram negociados. “O volume de financiamentos deve aumentar muito neste ano. A capacidade de tomada de crédito está mais estruturada”, ressalta o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. Para ele, o produtor rural está planejando melhor sua tomada de decisão. “Hoje, em média, de 35% a 38% dos recursos de custeio dos produtores já são de recursos próprios. Isso demonstra uma alavancagem menor, o que é um bom sinal”, afirma.

De acordo com o vicepresidente de agronegócio do Banco do Brasil, Osmar Dias, a oferta de crédito no País cresceu cerca de 28% em relação a 2012. “Hoje temos condições muito atrativas para o produtor”, revela.

Um dos produtos apontados como diferenciados pelo banco são os recursos compulsórios de depósitos à vista. “A vantagem é que operamos de forma direta com o produtor, o que reduz a burocracia.” O banco também possui um sistema de orientação para ajudar os produtores a não se endividar mais do que sua capacidade de pagamento. “Temos um programa que seleciona para os produtores as linhas de credito próprias para o seu perfil, o que qualificou o crédito”, diz o executivo, que garante: a inadimplência do setor vem caindo. “A taxa de inadimplência é de 0,6%, algo muito baixo até em relação a outros setores”, declara.

O vice-presidente executivo comercial do Santander Brasil, Pedro Coutinho, também acredita que o produtor está mais preparado para analisar qual a melhor linha de crédito que atende às suas necessidades. “Nesta Agrishow, formamos um grupo com mais de dez mil produtores com crédito pré-aprovado”, explica. “Além disso, durante o evento não vamos cobrar a taxa Flat do Finame. Isso deve ajudar a baratear a operação”, completa.

Já para o superintendente da AGCO Finance, Eduardo François Bresolin, é preciso ter planejamento na hora de renovar a frota de máquinas ou investir em novos equipamentos. “Como o investimento é de longo prazo, observe a sua capacidade de geração de receita, olhando o horizonte de mais de três anos, para que, mesmo em uma queda dos preços das commodities, seu fluxo de caixa mantenha-se saudável”, explica Bresolin. “Operamos com todas as linhas de financiamento do BNDES, que permitem adquirir um equipamento de fabricação nacional em até dez anos, com juros de 3% ao ano”, complementa.

A necessidade de se ter um planejamento também é destacada pelo diretor do Bradesco, Osmar Roncolato. “Na agricultura, o tempo de maturação dos negócios é diferente, e é importante que o agricultor tenha uma ideia da razão para adquirir um novo equipamento. Isso ajuda a calcular seu risco e sua capacidade de pagamento”, explica Roncolato, que destaca as linhas do Programa de Sustentação do Investimento – PSI, do BNDES, como uma boa opção. “Esse produto oferece as melhores condições para financiamento de máquinas e equipamentos e será nosso carro-chefe na feira”, revela. Agora, para quem quiser comprar um equipamento novo, basta fazer as contas.