O dólar à vista oscila entre margens estreitas ao redor da estabilidade, ora em alta ora em baixa, após começar o dia para cima, espelhando ajustes. Ontem à tarde, apenas o dólar futuro de janeiro de 2021 acabou precificando cautela com o fiscal interno no fim do dia, porque o mercado à vista já estava fechado.

Incomoda os investidores a manobra da ala política do governo para mudar a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, que ainda está em discussão no Congresso. Assim, poderia ser autorizado o empenho em 2021 de despesas que só serão executados em 2022, ano de eleições presidenciais, após o TCU ter permitido que um volume maior de gastos de 2020 -ano com calamidade pública – seja executado em 2021.

No exterior, o dólar recua ante moedas principais e grande parte das divisas emergentes e ligadas a commodities.

Por enquanto, o fluxo cambial é apenas monitorado, mas pode vir a contribuir para a queda ante o real na sessão, em meio ao apetite global por risco. Lá fora, os investidores estão confiantes em novos estímulos fiscais, após o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, afirmar nesta madrugada que o pacote de ajuda econômica de US$ 900 bilhões seria um “bom começo”, mas insuficiente, gerando expectativas de estímulos adicionais. Também a farmacêutica Moderna promete entregar 20 milhões de doses da sua vacina contra covid-19 aos EUA em 2020.

No Brasil, informações contraditórias sobre um acordo no Congresso para agilizar o andamento de votações de pautas econômicas e fiscais relevantes deixam o investidor com pé atrás e limitam o recuo do dólar.

Além disso, segue no radar a manobra da ala política do governo para mudar a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, que ainda está em discussão no Congresso. Assim, poderia ser autorizado o empenho em 2021 de despesas que só serão executados em 2022, ano de eleições presidenciais, após o TCU ter permitido que um volume maior de gastos de 2020 seja executado em 2021.

Às 9h48, o dólar à vista tinha viés de baixa, a R$ 5,1387 (-0,03%), após mínima a R$ 5,1257 e máxima, a R$ 5,1462. O dólar futuro para janeiro de 2021 recuava 0,29%, a R$ 5,1380.