O dólar caiu à mínima a R$ 4,9237 (-0,79%) no mercado à vista com ajuda externa e de otimismo com o Brasil predominando nesta manhã, afirma Vanei Nagem, responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos. Também foi identificado entrada de investidor estrangeiro, disse Jefferson Rugik, diretor da corretora Correparti.

Nagem, da Terra, observa que o recuo do dólar encontra barreira na demanda de importadores, que têm dívidas em moeda americana e estão antecipando pagamentos porque a cotação caiu muito rápido ante o real e estaria em um nível agora considerado bem aceitável, comenta o profissional.

A demanda justifica-se também, segundo Nagem, porque há dúvidas sobre qual será o piso do dólar, até onde vai a baixa. “Pode romper os R$ 4,90, mas a perguntar é até quanto pode cair. Alguns já falam em R$ 4,70/R$ 4,60. Mas essa queda vai ficar, será firme, ou será momentânea decorrente da melhora atual de percepção local e global”, questiona ele.

Nagem desconfia do tombo rápido do dólar, preocupado com os fundamentos do País. “A inflação está subindo, a dívida do governo é alta e não se sabe qual o tamanho verdadeiro do rombo fiscal do Estado brasileiro. Há duvidas também sobre a venda da Eletrobras e as reformas administrativa e tributária, que podem até sair, mas em quanto tempo”, declarou.

Sua percepção é de que, em breve, as avaliações sobre economia real e risco fiscal voltarão e o mercado irá reavaliar se tem argumentos para dólar mais fraco ou não.