Depois de ter registrado alta nesta terça, 11, o dólar retomou a trajetória de queda em relação a outras divisas fortes, diante do otimismo que prevaleceu nesta quarta, 12, nos mercados financeiros e com as dúvidas sobre a retomada da economia dos Estados Unidos.

Perto do horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar subia a 106,88 ienes, o euro avançava a US$ 1,1791 e a libra registrava baixa a 1,3026. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana contra seis divisas fortes, fechou em baixa de 0,20%, a 93,443 pontos.

“O dólar está novamente sob pressão”, escreveram analistas do banco de investimentos americano Brown Brothers Harriman (BBH) no começo do pregão. O bom humor do mercado hoje reduziu a busca pela segurança da moeda dos EUA.

De acordo com o BBH, o impasse entre democratas e republicanos em torno do próximo pacote fiscal também pesa sobre a divisa americana. “Este atraso apoia nossa visão de que a economia dos EUA enfrenta ventos contrários crescentes no terceiro trimestre, o que por sua vez deve sustentar o desempenho inferior do dólar no curto prazo”, sustentam os analistas do banco.

Nem a alta de 0,6% do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano em julho ante junho, acima das projeções, foi capaz de apoiar o dólar. O indicador, divulgado hoje, mostra uma recuperação nos preços, mas a presidente da distrital de São Francisco do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Mary Daly, disse que uma retomada em “V” da economia está descartada.

A libra, por sua vez, recuou após o Reino Unido ter informado uma contração de 20,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, a maior entre os países desenvolvidos em igual período.

Ante divisas emergentes e ligadas a commodities, o dólar operou sem direção única. No final da tarde em Nova York, a moeda dos EUA caía a 22,3661 pesos mexicanos e a 17,4761 rands sul-africanos, mas avançava a 73,0733 pesos argentinos.