O dólar operou em baixa frente às principais moedas rivais nesta terça, 29, em meio à possível aprovação do aumento nos auxílios individuais nos Estados Unidos, o que tende a elevar a liquidez de dólares no mercado, desvalorizando a moeda. Em meio ao movimento, o euro atingiu seu maior patamar ante o dólar desde abril de 2018, e o índice DXY, que mede os ativos de seis economias desenvolvidas junto ao dólar, perdeu o patamar simbólico de 90 pontos.

O DXY fechou com baixa de 0,37%, a 89,994 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 103,54 ienes, a libra avançava a US$ 1,3499 e o euro registrava alta a US$ 1,2248, no maior nível em cerca de dois anos e meio.

A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou ontem o aumento dos auxílios individuais no novo pacote de estímulos fiscais de US$ 600 para US$ 2 mil. “O otimismo em torno do projeto de estímulo foi impulsionado”, comentam analistas do Swissquote Bank. Caso a medida seja aprovada no Senado, o valor do pacote fiscal passará de US$ 900 bilhões para em torno de US$ 1,3 trilhão.

O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou em sua proposta não estar preocupado com o aumento do déficit do país, sendo prioritário ajudar os cidadãos em dificuldades.

A tentativa de aprovar o projeto rapidamente foi barrada pelo líder republicano no Senado, Mitch McConnel, hoje. Agora, a aprovação depende de uma maioria de 60 dentre os 100 congressistas. O presidente dos EUA, Donald Trump, pressionou os republicanos a aprovarem a medida “o mais rápido possível”.

A libra foi apoiada hoje por desenvolvimentos do Brexit e pela injeção de liquidez com o retorno dos mercados britânicos após o feriado de ontem. O euro, por sua vez, já havia aberto a semana em alta e também foi impulsionado por desdobramentos positivos do acordo comercial entre a União Europeia e o Reino Unido.