O dólar recuou ante outras moedas fortes, no pregão desta quarta-feira, 15, em meio ao otimismo no mercado com avanços em testes de potenciais vacinas contra a covid-19, apesar de haver cautela com avanço da pandemia nos Estados Unidos e com as tensões entre Washington e Pequim.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 106,95 ienes, o euro avançava a US$ 1,1411 e a libra subia a US$ 1,2589. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA ante seis rivais fortes, registrou baixa de 0,18%, a 96,081 pontos.

“Os ganhos corporativos, novos casos do vírus e esperanças de vacinas dominaram as manchetes hoje”, comenta a diretora de estratégias cambiais da BK Asset Management, Kathy Lien. “O apetite ao risco está em alta, em meio a notícias encorajadoras sobre o desenvolvimento de vacina”, destacou o analista de mercado Joe Manimbo, do Western Union, ao comentar sobre a menor busca pela segurança do dólar.

Ontem, a farmacêutica americana Moderna informou que os dados iniciais da fase 1 de testes mostraram que a potencial vacina para covid-19 induziu a resposta imune desejada para todas as 45 pessoas avaliadas.

Indicadores americanos, como a produção industrial de junho, também agradaram ao mercado. Mas ainda persiste alguma cautela com o aumento das infecções por coronavírus nos EUA e a escalada do conflito sino-americano.

O euro, por sua vez, depois de operar ontem em alta significativa ante o dólar, avançou menos hoje, antes da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) que será conhecida amanhã.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar ficou sem direção única. No final da tarde em Nova York, a moeda americana subia a 71,3948 pesos argentinos, mas caía a 16,6196 rands sul-africanos e a 22,3486 pesos mexicanos.

Na mesma marcação, a divisa dos EUA recuava a 1,3511 dólares canadenses, após o Banco do Canadá (BoC) decidir manter sua taxa básica de juros em 0,25% ao ano. “O banco central disse que a economia está acelerando notavelmente à medida que as medidas de bloqueio são relaxadas”, destaca Kathy Lien.