O dólar abriu esta quarta-feira, 20, com viés de baixa, testou alta pontual à máxima a R$ 5,5947 (+0,02%), mas voltou a exibir tendência de baixa, com perspectiva de injeção de liquidez nova de até US$ 500 milhões em swap cambial às 9h30, além de operações para suprir demanda de overhedge (US$ 700 mi) e de rolagem de vencimentos de janeiro de 2022 ((US$ 750 milhões). O recuo dos juros dos Treasuries no exterior e sinais mistos da moeda americana no exterior estão no radar.

Os investidores operam sob persistente cautela fiscal em dia de votação da PEC dos precatórios em comissão especial da Câmara e diante dos sinais de que a solução política em discussão para o Auxílio Brasil, substituto turbinado do Bolsa Família, pode extrapolar o teto de gastos muito além do imaginado anteriormente. No exterior, o índice DXY, que compara o dólar ante seis moedas fortes, mostra alta moderada, enquanto a divisa americana recua ante grande parte das moedas emergentes e ligadas a commodities.

Os investidores devem monitorar ainda a apresentação do relatório da CPI da Covid no Senado, que deve resultar em 11 crimes contra o presidente Jair Bolsonaro – e 72 pedidos de indiciamento. A votação do relatório está prevista para a próxima quarta-feira, dia 27. Caso aprovadas pela CPI, as propostas de indiciamento devem ser encaminhadas ao Ministério Público, à Câmara dos Deputados e até ao Tribunal Penal Internacional, em Haia (Holanda), para que se promova a eventual responsabilização civil, criminal e política dos acusados.

Às 9h26 desta quarta, o dólar à vista caía 0,10%, a R$ 5,5882. O dólar futuro de novembro subia 0,02%, a R$ 5,5995.