Uma equipe da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, desenvolveu o Smellicopter: um drone autônomo que usa uma antena viva de uma mariposa para navegar em direção aos cheiros. O objetivo é que o dispositivo chegue a estruturas instáveis ​​após um desastre natural ou uma região com dispositivos não explodidos, por exemplo.

De acordo com comunicado da universidade, o Smellicopter também pode sentir e evitar obstáculos enquanto viaja pelo ar. O drone usa as antenas da mariposa para detectar substâncias químicas em seu ambiente.

+ Saiba como escolher um drone; modelos custam de R$ 200 a R$ 37 mil
+ EUA aprovam venda de quatro drones armados para Taiwan

“Ao usar uma antena de mariposa real com Smellicopter, somos capazes de obter o melhor dos dois mundos: a sensibilidade de um organismo biológico em uma plataforma robótica onde podemos controlar seu movimento”, explica Melanie Anderson, uma das autoras do estudo e doutoranda em engenharia mecânica da UW.

A equipe usou antenas do Manduca sexta hawkmoth no Smellicopter. Os pesquisadores colocaram mariposas na geladeira para anestesiá-las antes de remover uma antena. Uma vez separada da mariposa viva, a antena permanece biologicamente ativa por até quatro horas. Esse intervalo de tempo pode ser estendido em baixas temperaturas.

Para criar o Smellicopter, a equipe adicionou o sensor de antena a uma plataforma de drone. Os pesquisadores também adicionaram duas peças de plástico na parte traseira do drone para criar resistência e ajudá-lo a ser constantemente orientado contra o vento.

A equipe explicou ainda que o Smellicopter não precisa de GPS. O drone usa uma câmera para inspecionar os arredores, semelhante à forma como os insetos usam seus olhos. Isso torna o Smellicopter adequado para explorar espaços internos ou subterrâneos. Confira o funcionamento no vídeo abaixo (em inglês).