O secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, avaliou nesta quinta-feira ainda ser prematuro para falar em decretação de calamidade pública para uma eventual terceira onda da pandemia de covid-19. Segundo ele, existe um rol de possibilidades do que pode ser caracterizado como essa terceira onda e também há um rol de possibilidade de como enfrentá-la.

“É muito prematuro falar de terceira onda sem ter os dados. Não sabemos o que é essa terceira onda e o que ela vai demandar. Se implicar em lockdowns, toque de recolher, demandaria uma recomposição de renda das pessoas. Nesse desenho de terceira onda teríamos que ter auxílio emergencial. Se não cessar a renda das pessoas e o problema for aumentar os gastos com Saúde, faremos os créditos extraordinários”, completou Bittencourt.

Segundo o secretário, o que vai acontecer em caso de terceira onda muito provavelmente é o mesmo protocolo usado pelo governo no ano passado. Ele lembrou que, por enquanto, a necessidade de recurso para Saúde se dá em volume menor do que o de 2020. “Estamos identificando os programas mais efetivos e as necessidades do momento. Neste momento, vemos necessidade de continuar aportando recursos para Saúde. Conhecemos os caminhos, só precisamos ver necessidade e características”, respondeu.

Ele garantiu ainda que o governo não teve atraso na execução orçamentária de ações contra pandemia devido à demora na aprovação do orçamento de 2021. “O que nos ajuda é o aprendizado que tivemos no ano passado. Estamos conseguindo assegurar combate à pandemia com gasto menor”, completou.

Bittencourt destacou ainda que o Tesouro registrou no primeiro quadrimestre do ano a devolução entre R$ 4,5 bilhões a R$ 4,7 bilhões em pagamentos indevidos dos auxílios emergenciais.