Os pêssegos selvagens, pequenos e amargos, foram descobertos e primeiro cultivados pelos chineses, dez séculos antes de Cristo, 36 séculos atrás. Os agricultores chineses, através de seleção e cruzamento – melhoramento genético – transformaram o pêssego numa fruta saborosa, graúda, suculenta e colorida. O pêssego se tornou um produto comercial valioso e símbolo de imortalidade na China. 

Os pêssegos se espalharam pela Ásia, encontraram na Pérsia (Irã) um clima excepcional e chegaram ao Mediterrâneo 140 anos antes de Cristo, onde foram cultivados nos pomares romanos. Hoje o pêssego está espalhado por todo o mundo.

O último registro da FAO, órgão da ONU que trata da agricultura e da alimentação, mostra uma produção mundial de pêssego de 22 milhões de toneladas em 2013, por 81 diferentes países. O maior país produtor é a China, com 55% do volume, seguido pela Itália, Espanha, Estados Unidos, Grécia, Turquia, Irã. Chile, Argentina, Egito, Índia, França e Brasil. O Brasil é o 13º maior produtor de pêssego do mundo, com 1% de participação.

O pêssego é do grupo das frutas de caroço como a nectarina, a ameixa e o damasco. O pêssego é uma fruta muito sazonal, que produz somente em alguns meses do ano. A melhor época de produção varia com região. O plantio em diferentes regiões brasileiras e a importação abastecem a CEAGESP.  O pêssego é uma planta de clima frio. Ele precisa de um certo número de horas abaixo de 7,2º C para florescer e completar a formação de suas gemas vegetativas e floríferas. A necessidade de horas de frio depende da variedade e pode ir de 100 a 1000 horas.

Variedades especiais foram desenvolvidas para os fruticultores paulistas pelos pesquisadores do Instituto Agronômico e pela pesquisadora da EMBRAPA Dra. Maria do Carmo Bassols Raseira, que permitem a produção em climas mais quentes.

A diversidade das variedades é imensa. Temos pêssegos alongados, arredondados e achatados, com ou sem bico, com polpa branca ou amarela, caroço solto, preso ou semi preso, fundente e crocante, casca creme, vermelha, arroxeada ou amarela, sabor mais doce ou mais ácido, graúdo, médio ou miúdo. Você pode conhecer um pouco mais sobre pêssego e suas variedades em www.hortiescolha.com.br em Hortipedia.

O IBGE registrou a produção de 216 mil toneladas de pêssego em 2015, por 6 estados: 60% no Rio Grande do Sul, 17% em São Paulo, 9% em Santa Catarina, no Paraná e menos que 1% no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. A maior parte da produção gaúcha vai para a indústria.

A oferta do pêssego paulista começa em agosto e cresce em setembro, outubro e novembro. O pêssego gaúcho começa em novembro e vai até janeiro. A briga entre as duas origens é forte mesmo em novembro.  A produção paulista de pêssego é próxima do mercado paulistano. As regiões agrícolas maiores produtoras são Itapeva, Campinas, Bragança Paulista e Avaré. Houve dois anos difíceis: seca e frio. A produção caiu, o prejuízo foi grande. A queda 20% de queda na oferta de pêssego paulista entre 2015 e 2014, no ceasa paulistano. Fonte: Centro de Qualidade, Pesquisa e Desenvolvimento da CEAGESP.