O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, destacou nesta terça-feira, 3, que o petróleo tem sido um dos produtos com recorde de exportação ao longo de 2020, com alta de 27,2% em volume. Ele destacou ainda que os volumes das exportações de açúcar, café e celulose também foram recordes para outubro, assim como o valor das vendas de carne suína e cobre.

“Apesar de volume grande de venda de soja no ano fechado, já estamos na entressafra e houve queda nesses embarques em outubro”, completou. Brandão repetiu que a média diária das exportações tem sido estável ao longo de 2020, com leve aumento nos últimos dois meses. “Já as importações foram mais afetadas pela pandemia, com uma queda brusca até junho, mas há com uma recuperação gradual nos últimos meses”, acrescentou.

Com mais uma queda nas importações devido à pandemia da covid-19, a balança comercial brasileira registrou mais um superávit em outubro. As exportações superaram as importações em US$ 5,473 bilhões, o maior resultado para o mês desde 2018. No ano até outubro, o superávit já soma US$ 47,662 bilhões, ante US$ 38,524 bilhões no mesmo período de 2019. No começo do mês passado, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia atualizou a projeção para o saldo comercial positivo deste ano para US$ 55 bilhões.

“Os resultados de janeiro a outubro estão de acordo com a nossa previsão para o ano. Esperamos a manutenção do ritmo de exportações e a continuidade da melhora nas importações”, completou Brandão.

Recuperação

Brandão, avaliou que há uma recuperação gradual nas importações, apesar de uma nova queda na média diária das compras do exterior em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado.

A média diária das importações ficou em US$ 619,1 milhões no mês passado, uma queda de 20,0% em relação a outubro de 2019, com tombo de 44,6% na indústria extrativa e queda de 19,5% na indústria de transformação. A média diária de importações da agropecuária cresceu 3,0%, sempre na comparação com outubro de 2019.

“Apesar dessa nova queda em outubro, a trajetória das importações é ascendente desde junho, quando a média diária foi de US$ 497,6 milhões. Há recuperação gradual do montante de importações”, completou.

Com a queda contínua nas importações devido à pandemia da covid-19, a balança comercial brasileira registrou mais um superávit em outubro. As exportações superaram as importações em US$ 5,473 bilhões, o maior resultado para o mês desde 2018.

Do lado das exportações, houve ligeiro crescimento de 0,3%, puxada pela indústria extrativa, que teve alta de 7,2%, enquanto as vendas da indústria de transformação aumentaram 4,7%. Por outro lado, a agropecuária teve um recuo de 20,6%% na média diária.

Brandão destacou a recuperação nos preços do minério de ferro com a alta demanda asiática. “Açúcar, etanol, celulose, carne suína também cresceram, assim como aeronaves e veículos de passageiros”, acrescentou.