As pistas de julgamento sempre serviram para destacar as qualidades de um bovino. Nessas ocasiões, a avaliação de um profissional conhecedor da raça, munido de dados, tenta retratar o melhor momento de um determinado animal. Por isso, participar desse tipo de evento pode contar pontos na árdua tarefa de tocar uma fazenda, além de servir de argumento de marketing para o criador. Somente da raça nelore, neste ano, passaram pelas pistas de julgamento mais de 18 mil animais de 300 pecuaristas, em cerca de 120 exposições. Entre eles está Ricardo Vicintin, vencedor da categoria Gado de Elite no prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL 2014. Vicintin é presidente do Grupo Rima, de Belo Horizonte, que nasceu em 1987 e atua também nos setores florestal, de engenharia industrial e automotiva, turismo e metalurgia. 

Das atividades empresariais, criar gado nelore é a mais recente, foi iniciada há menos de dez anos. Mas Vicintin não é um novato na área. Ele já foi criador de cavalos campolina e pampa e de bovinos da raça charolesa. Com o nelore, o plano sempre foi ousado. “Quero ser tricampeão na raça nelore”, diz Vicintin, referindo-se ao ranking anual promovido pela Associação de Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). Em 2014, Vicintin se tornou bicampeão como melhor criador do País. 

Para enfrentar o ambiente altamente competitivo das pistas de julgamento, Vicintin apostou alto na compra de animais para formar a base de seu plantel. Ele pagou, por exemplo, R$ 1,5 milhão na compra da
matriarca Bélgica I PO da NI, em março de 2007. A fêmea foi criada  pela empresade genética Nova Índia, de Uberaba (MG), um dos principais nomes da história do nelore no País. “Eu aconselho quem
quiser começar uma seleção de gado que vá a um leilão”, diz Vicintin. “Neles, é possível ver animais de qualidade e conversar com os consultores Eu comecei assim.”