Uma denúncia das organizações Greenpeace e Public Eye alertou que empresas europeias exportaram 41 agrotóxicos proibidos na União Europeia (UE), por sua nocividade, para países como o Brasil. Uma das companhias mais citadas no relatório é a suíça Syngenta.

As empresas que mais exportam agrotóxicos estão localizadas no Reino Unido, Itália, Alemanha, Holanda, França, Espanha e Bélgica. Os principais destinos são, além do Brasil, Ucrânia, Marrocos, México e África do Sul.

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Entre os produtos exportados, um dos destaques é o pesticida Paraquat, proibido em 2017 pela Justiça europeia por sua possível ligação com a doença de Parkinson. No total, mais de 81 mil toneladas deste e de outros pesticidas proibidos foram vendidos fora da UE em 2018.

O Reino Unido foi responsável por 32.188 toneladas dessas remessas planejadas para países sinalizados pelo relatório como mais pobres. O volume é quase três vezes maior do que o exportado pelos outros países e representa 40% do total.

As empresas justificaram as exportações alegando que cada lugar do mundo tem um clima diferente e, por isso, requer o uso de pesticidas diferentes. Para eles, cada nação tem o direito soberano de decidir quais produtos químicos seus agricultores podem usar.