São Paulo, 21 – A estiagem prolongada e as chuvas irregulares em Santa Catarina devem resultar em perdas de 43% na safra de verão do milho e 30% na de soja. As projeções são da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Estado (Epagri-SC) e foram divulgadas nesta sexta-feira, 21. Segundo a entidade, as altas temperaturas em decorrência da onda de calor que afeta o Estado devem aumentar ainda mais os prejuízos nas lavouras.

De acordo com a Epagri, os efeitos do clima nas plantações de milho variam de acordo com a região, oscilando entre 20% e 80%. Na média, o Estado deve acumular 43% de perdas nas lavouras. A colheita da safra 21/22, até o momento, registra produtividade de 120 a 130 sacas de 60 quilos por hectare, referentes às áreas com período de semeadura no final de agosto, como a região do Vale do Rio Uruguai.

O período de estiagem começou quando mais de 50% das lavouras de milho estavam em fase de floração, período sensível à falta de umidade no solo.

Para a soja, a empresa estima perdas em torno de 30%. Os cultivos de ciclo precoce foram os mais afetados, em função de o período crítico da estiagem ocorrer na fase de floração. Essas cultivares têm menor tempo de recuperação e as altas temperaturas potencializaram os danos, provocando queima das folhas e encurtamento do ciclo da planta, explica a Epagri.