O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1,8% em novembro ante outubro, para R$ 4,575 trilhões, informou nesta terça-feira, 28, o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 15,6%.

Em novembro ante outubro, houve alta de 2,0% no estoque para pessoas físicas e elevação de 1,4% no estoque para pessoas jurídicas.

De acordo com o BC, o estoque de crédito livre avançou 2,4% em novembro, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 0,8%.

No crédito livre, houve alta de 2,4% no saldo para pessoas físicas no mês passado. Para as empresas, o estoque também avançou 2,4% no período.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 52,8% para 53,2% na passagem de outubro para novembro.

Habitação e veículos

O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 1,1% em novembro ante outubro, totalizando R$ 807,371 bilhões, informou o Banco Central.

Em 12 meses até novembro, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 14,5%.

Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física subiu 0,3% em novembro ante outubro, para R$ 238,928 bilhões. Em 12 meses, houve alta de 10,6%.

Setores

O saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária subiu 1,0% em novembro, para R$ 39,318 bilhões, informou o Banco Central.

Já o saldo para a indústria avançou 0,3%, para R$ 753,368 bilhões. O montante para o setor de serviços teve alta de 1,1%, para R$ 1,121 trilhão.

No caso do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros), o saldo subiu 115,9%, aos R$ 19,672 bilhões.

Setor não financeiro

O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro subiu 1,7% em novembro ante outubro, para R$ 13,362 trilhões. O montante equivale a 155,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, conforme dados divulgados pelo Banco Central.

O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.

No caso específico de empresas, o saldo do crédito ampliado cresceu 0,7% em novembro ante outubro, para R$ 4,647 trilhões. O montante equivale a 54,0% do PIB.

BNDES

O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve baixa de 0,6% em novembro ante outubro, somando R$ 375,298 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses, a queda acumulada é de 3,8%.

Em novembro, houve alta de 2,4% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, queda de 0,2% no financiamento de investimentos e baixa de 33,1% no saldo de capital de giro.

Concessões

As concessões dos bancos no crédito livre subiram 5,3% em novembro ante outubro, para R$ 401,0 bilhões, informou o Banco Central. No acumulado dos 11 primeiros meses do ano, o avanço foi de 19,4% e, nos 12 meses até novembro, a alta foi de 16,8%.

Estes dados, apresentados nesta terça pelo BC, não levam em conta ajustes sazonais. Em novembro, no crédito para pessoas físicas, as concessões subiram 3,3%, para R$ 200,7 bilhões. Em 12 meses até novembro, há alta de 17,6%.

Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões subiram 7,5% em novembro ante julho, para R$ 200,4 bilhões. Em 12 meses até novembro, o avanço é de 16,0%.