Os pesquisadores do Laboratório de Entomologia da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas (RS), utilizaram parasitoides nativos para controlar as moscas-das-frutas (A.fraterculus e C. capitata). A vespa Doryctobracon areolatus alcançou até 40% de parasitismo das larvas da mosca, considerada um dos grandes problemas da fruticultura.

Os cientistas informam que os resultados são promissores e indicam potencial de uso nos pomares como técnica de controle biológico dentro de uma estratégia de manejo integrado de pragas. O parasitoide poderá ser indicado tanto para cultivos orgânicos quanto para pomares convencionais.

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Na prática, o uso desse parasitoide envolve etapas de produção das vespas, em laboratório, seguido de sua liberação nos pomares que estejam com ataque de moscas-das-frutas. Após a liberação, as fêmeas do parasitoide irão localizar as larvas da praga no interior dos frutos. Ela se alimentará das vísceras e do conteúdo do hospedeiro, evitando assim a perpetuação da mosca-da-fruta.

Um dos cientistas responsáveis pelo estudo, o entomologista Dori Edson Nava, ressalta que o trabalho terá outras etapas de avaliação e estudos que estão programadas para os próximos anos. Ainda não há uma estimativa de custos de produção com o uso de parasitoides. Mas, segundo Nava, a tendência é um custo inicial mais elevado que diminuirá ao longo do tempo.

O cientista informa que ainda faltam outras etapas para estabelecer parâmetros de liberação do parasitoide, em itens como época, quantidade e frequência. A tecnologia é desenvolvida em parceria com a empresa Partamon.