A forte queda de preços da gasolina nas refinarias no Brasil é uma alerta para o setor de etanol e açúcar. É o que diz um levantamento da KPMG sobre as dificuldades do agronegócio decorrentes da pandemia da Covid-19.

A queda dos preços internacionais do petróleo e derivados também é vista pelo estudo como um desafio, já que o movimento impacta nos preços do etanol. “Neste cenário, a revisão anunciada de contratos pelas distribuidoras de combustíveis agrava a situação de preços e traz risco de fluxo de caixa. Há ainda uma preocupação com a capacidade de armazenamento de etanol”, destaca o relatório.

+ Produção de etanol nos EUA cresce 3,17% na semana, para 617 mil barris/dia
+ Preço médio do etanol cai na semana em 22 Estados e no DF, revela ANP
+ Paraguai apreende carga de açúcar e óleo contrabandeada do Brasil 

Para o açúcar, a maior parcela da produção da safra de 2020 e 2021 tem fixado preços atrativos, o que atenua, parcialmente, o impacto da queda de preços do etanol. No entanto, há uma preocupação com o cumprimento de contratos.

Como possíveis saídas, o estudo destaca o foco na execução da safra, mitigando os riscos de operação, revisão do orçamento e fluxo de caixa e a reestruturação financeira. A análise dos contratos de trabalho e medidas de apoio governamental setorial também são abordagens positivas.