Embora vislumbre uma campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Partido dos Trabalhadores mais direcionada para o centro no campo econômico, o diretor para as Américas do Eurasia Group, Christopher Garman, entende que uma administração do petista irá enfrentar um déficit público muito grande, o que tornará o seu governo muito difícil.

Para Garman, que participa agora do 11º Bradesco BBI CEO Forum, o PT vê como melhor script a apresentação do ex-presidente como um candidato que pode unir o País contra uma administração que dividiu o País.

Garman destaca que uma administração Lula vai entregar mais gastos em medidas sociais. “Na medida em que Lula escolher o seu vice e mostrar uma coalizão mais ampla, ele vai mostrar que vai fazer mais gastos e ao mesmo tempo vai tentar ancorar as expectativas dos mercados para evitar minar mais o crescimento. Esse é principal desafio que vejo para a administração do PT”, disse Garman.

Contudo, segundo o diretor da Eurasia, quando o povo olhar para a degradação social que agora se vê no País, Lula terá menos dificuldades para se colocar como bom candidato porque os seus problemas com corrupção antes da pandemia serão vistos como menores perto da deterioração da qualidade de vida das pessoas.

Sobre um eventual segundo mandato de Bolsonaro, Garman disse entender que será mais do mesmo.