As exportações de café brasileiro da safra 2019-2020 – iniciada em julho de 2019 e encerrada em junho deste ano – totalizaram 39,9 milhões de sacas de 60 quilos. O resultado, apesar de ser 3,6% menor do que o registrado na safra anterior (41,4 milhões de sacas), representa o segundo maior volume histórico de exportações brasileiras de café. 

Já receita das exportações chegou a R$ 22,8 bilhões, 8,7% superior à da safra anterior. Os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

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Do total do café exportado na safra 2019-2020, 78,8% foram de grãos arábica; 11,1%, de robusta; 10%, solúveis; e 0,1%, torrados e moídos. Os principais destinos foram Europa, com participação de 52%; América do Norte, 24,6%; Ásia, 15,7%; e América do Sul, 4,5%.

Em relação aos demais países exportadores de café, o Brasil continua na liderança. No último mês com dados consolidados, maio de 2020, o país liderava com 3,2 milhões de sacas, seguido do Vietnam (2,1 milhões), Colômbia (893,9 mil), e Honduras (730 mil).

Para o presidente da Cecafé, Nelson Carvalhaes, apesar de o ano de 2020 estar sendo “desafiador”, em razão da pandemia do novo coronavírus, os produtores brasileiros estão mostrando resiliência. “É um momento muito difícil, mas todos nós olhamos com muito otimismo. Todos os cenários futuros indicam um incremento do consumo de café. Esta situação é pontual, desafiadora, importante, grave, porém tudo indica que o Brasil, com a sua capacidade, com a sua competição, ele pode perfeitamente manter a sua fatia no mercado global”, disse.

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