São Paulo, 9 – As exportações brasileiras de café recuaram 5,9% em janeiro, ante igual período de 2017, para 2.490.023 sacas de 60 quilos, informou nesta sexta-feira, 9, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). A receita com as vendas externas do grão somou US$ 400,92 milhões, queda de 13,9% na variação anual.

No primeiro mês de 2018, o preço médio do produto foi de US$ 161,01 por saca, um decréscimo de 8,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a média era de US$ 175,96 por saca.

“O resultado deste começo de ano já era esperado e segue de forma geral sem grande alteração para o mercado de exportação de café. Acreditamos que o ritmo seguirá mais lento até a entrada da nova safra, que trará uma expectativa melhor. Além disso, o volume de chuva tem sido alto, o que favorece a produção. Se o fator climático permanecer desta forma, será muito positivo”, avalia o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.

Do total embarcado em janeiro, o café arábica correspondeu a 93% (2.316.280 sacas), seguido pelo solúvel com 6,5% (160.766 sacas) e robusta com 0,5% (11.320 sacas). Entre os embarques do grão verde, o destaque ficou para os cafés diferenciados, que registraram 21,1% de participação nas exportações. No mesmo mês do ano passado, esse volume estava em 14,9%. O total de sacas exportadas dos cafés diferenciados no período foi de 524.851, enquanto o preço médio ficou em US$ 189,39.

A Alemanha passou a ocupar o primeiro lugar no ranking dos principais consumidores do grão brasileiro, com 20,6% de participação (513.070 sacas). Os Estados Unidos – que lideravam a lista desde março de 2017 – seguem agora na segunda posição, com 17,9% (444.726 sacas).

Os norte-americanos, no entanto, mantêm liderança nas aquisições de cafés diferenciados. O Japão ficou na terceira posição, com aumento de 10,51% nas compras e 8,8% de participação nos embarques brasileiros do setor (218.817 sacas).