São Paulo, 9 – A exportação de carne de frango in natura e processada em novembro somou 350,7 mil toneladas, aumento de 5,6% em comparação com igual mês de 2019, mas a receita recuou 11,3% entre os períodos, para US$ 476,8 milhões, informou nesta quarta-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). De janeiro a novembro, foram exportadas 3,849 milhões de toneladas, ante 3,822 milhões de toneladas no ano passado, pequeno aumento de 0,71%. Em receita, as vendas totalizaram US$ 5,543 bilhões, 13% menos que nos 11 primeiros meses de 2019.

De acordo com a ABPA, a China continua como principal destino da carne de frango brasileira em 2020. Para o país asiático, foram exportadas 615,718 mil toneladas entre janeiro e novembro, 20% mais que no mesmo período de 2019. Outros destaques da Ásia são Coreia do Sul, com 119,026 mil toneladas (+8%), e Cingapura, com 115,598 mil toneladas (+31%).

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A perspectiva da entidade é de que a produção brasileira neste ano fique entre 13,750 milhões e 13,8 milhões de toneladas, um crescimento de até 4,2% em relação ao volume produzido no ano passado, de 13,245 milhões de toneladas.

Desse total, a estimativa é de que cerca de 4,23 milhões de toneladas sejam direcionados para a exportação, o que seria uma alta de 0,5% na comparação com 2019, quando foram embarcados 4,214 milhões de toneladas do produto. Já o consumo anual per capita deve crescer 5% na mesma base comparativa, para 45 kg.

Durante coletiva de imprensa para apresentação dos dados, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse que as projeções anteriores eram de um crescimento de 3% nas exportações de carne de frango neste ano, mas a pandemia afetou esses planos, assim como o encarecimento dos insumos, como milho e farelo de soja.

Para 2021, a perspectiva é de que a produção de carne de frango fique entre 14,25 milhões e 14,5 milhões de toneladas, um crescimento de até 5,5% na comparação com a projeção de 2020. As exportações, por sua vez, podem ser até 3,6% maiores na mesma base comparativa, podendo atingir 4,35 milhões de toneladas. A ABPA informou, ainda, que o consumo doméstico tende a aumentar entre 3% e 6,5% em 2021, para até 10,15 milhões de toneladas, com o consumo per capita podendo chegar a 47 kg/ano, 4,4% maior do que neste ano.