São Paulo, 13 – As exportações brasileiras de café solúvel recuaram 7% no primeiro trimestre, para 781.230 sacas de 60 quilos, quando comparadas às 840.541 sacas embarcadas em igual período de 2017, informou a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) nesta sexta-feira, 13. Com o resultado, a receita cambial atingiu US$ 135,10 milhões entre janeiro e março, queda de 11% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Os resultados negativos do primeiro trimestre de 2018 refletem as vendas efetuadas em grande parte no primeiro semestre de 2017, período em que o mercado ainda estava sob influência dos problemas de abastecimento e preços elevados do conilon no Brasil”, explica a associação.

A expectativa da indústria de café solúvel em 2018 é buscar recuperação nos embarques em volume, desde que haja garantia de oferta de matéria-prima. “A projeção do setor se justifica pelo retorno à normalidade da safra brasileira de café conilon e regularização da oferta”, diz o comunicado da entidade.

Em 2017, o setor registrou retração acumulada de 11% nas vendas externas, a 3,464 milhões de sacas, mas com ganhos de 6% em receita, a US$ 639,225 milhões.

Além disso, o setor espera câmbio favorável aos exportadores e preços do conilon compatíveis com os valores do mercado internacional. Os principais compradores do solúvel brasileiro são Estados Unidos, Rússia, Japão e Indonésia.