Em 2015, o setor de árvores plantadas, favorecido pela desvalorização cambial, registrou alta nas exportações de celulose, painéis de madeira e papel. O volume de exportações de celulose somou 11,5 milhões de toneladas no acumulado de 2015, crescimento de 8,6% em relação aos 10,6 milhões de toneladas exportadas em 2014.

De janeiro a dezembro de 2015, as exportações de painéis de madeira alcançaram 641 mil m³, alta de 52,3% em relação ao mesmo período de 2014. As exportações de papel atingiram 2,1 milhões de toneladas em 2015, volume 11,5% maior em relação a 2014. Confira a seguir os demais indicadores de desempenho do setor de árvores plantadas, na 20ª edição do Cenários Ibá, boletim mensal da Indústria Brasileira de Árvores.

No acumulado de 2015, as receitas de exportação de celulose, painéis de madeira e papel totalizaram US$ 7,8 bilhões, o que representa crescimento de 6,1% em relação ao mesmo período de 2014, quando o total foi de US$ 7,4 bilhões. O saldo da balança comercial do setor de janeiro a dezembro de 2015 é de US$ 6,5 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 17,3% em relação ao saldo do mesmo período de 2014.

A Europa se manteve como principal destino da celulose brasileira e foi responsável por aproximadamente 38,5% dessa receita, seguida pela China e América do Norte, respectivamente, com cerca de 33,2% e 17,6%.  Os embarques para a China cresceram 8,8% no ano.

De janeiro a dezembro de 2015, a produção de celulose cresceu 4,5% em relação ao mesmo período de 2014, atingindo 17,2 milhões de toneladas. A produção de papel se manteve praticamente estável, somando, 10,3 milhões de toneladas nos doze meses de 2015.

De janeiro a dezembro de 2015, as vendas domésticas de papel somaram 5,5 milhões de toneladas, volume 4,6% inferior em relação ao mesmo período de 2014. As vendas de painéis de madeira atingiram 6,4 milhões de m³, volume 11,3% menor na comparação com o mesmo período de 2014.

“O ano de 2016 será um ano austero, e o mercado continuará enfrentando os mesmos desafios de 2015. As previsões devem ser cautelosas, pois ainda não há um quadro claro sobre as medidas de estímulo à economia que serão anunciadas pelo Governo”, afirma Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Ibá. Fonte: Ascom