São Paulo, 16/11- O atraso do período chuvoso neste ano deve ter consequências de longo prazo para os pecuaristas que fazem as atividades de cria e recria de bovinos, afirma o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Maurício Negreiros Velloso. “Vamos ter bezerros mais leves chegando ao mercado”, disse Velloso a jornalistas, no Intercorte 2017, em São Paulo.

Segundo Velloso, as chuvas tardias atrasaram o período de monta neste ano em cerca de dois meses, levando a atividade para os meses de dezembro/2017 a janeiro/2018. Consequentemente, das vacas que emprenharem vão nascer animais do fim de 2018 ao início de 2019.

Sendo assim, esses recém-nascidos vão atingir a desmama entre o fim do período de águas e início da seca. “Vão ser mais leves e tardios”, diz.

Segundo Velloso, pecuaristas vão ainda ter de desembolsar mais com gastos em suplementação de vacas e bezerros, com o atraso da oferta de pastagem. “Quem faz cria, recria e engorda precisa ter um planejamento de longo prazo”, afirmou.