No trimestre terminado em março de 2021, faltou trabalho para um recorde de 33,202 milhões de pessoas no País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu de 28,7% no trimestre até dezembro para 29,7% no trimestre até março. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até março de 2020, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 24,4%.

A população subutilizada subiu 3,7% ante o trimestre até dezembro, 1,171 milhão de pessoas a mais. Em relação ao trimestre até março de 2020, houve um avanço de 20,2%, mais 5,582 milhões de pessoas.

A taxa de desocupação saiu de 13,9% no trimestre até dezembro para um recorde de 14,7% no trimestre até março.

Subocupados por insuficiência de horas trabalhadas

Segundo o IBGE, a taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 8,2% no trimestre até março, ante 7,9% no trimestre até dezembro.

Em todo o Brasil, há 7,032 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.

Na passagem do trimestre até dezembro para o trimestre até março, houve um aumento de 241 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 565 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a mais em um ano.