O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), Qu Dongyu, anunciou que ocorreram ganhos significativos na luta contra o surgimento de gafanhotos do deserto na África Oriental e no Iêmen.

No entanto, ele ressaltou que ainda há a possibilidade de uma crise de segurança alimentar. A estação chuvosa em curso não fornece apenas os agricultores, mas também dá condições favoráveis ​​para os gafanhotos se reproduzirem.

Estimativas preliminares da FAO indicam que 720 mil toneladas de cereais, suficientes para alimentar cinco milhões de pessoas por ano, foram economizadas em dez países que conseguiram impedir a propagação do inseto. “Nossos ganhos foram significativos, mas a batalha é longa e ainda não acabou”, disse Qu.

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A maior preocupação da agência da ONU é que uma segunda onda de gafanhotos passará da fase juvenil para a fase adulta em junho. Esse enxame deve atacar quando muitos agricultores no leste da África se preparam para suas colheitas.

O Gafanhoto do Deserto é considerado a praga migratória mais destrutiva do mundo. Um único enxame pode conter até 80 milhões de gafanhotos. O apelo para o controle do inseto, lançado em janeiro pela FAO, agora abrange dez países: Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quênia, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Uganda, Tanzânia e Iêmen.