O faturamento do setor de mineração foi de R$ 209 bilhões no ano passado, 36% a mais do que em 2019, mesmo com a pandemia, influenciado pela alta de preços e do câmbio, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). No quarto trimestre, o faturamento atingiu R$ 83 bilhões, ante quase R$ 51 bilhões no 3º trimestre (63,6% a mais).

A produção mineral subiu 2,5%, para 1 bilhão de toneladas, de 985 milhões de toneladas registrada um ano antes.

As exportações de minerais subiram 11% contra 2019, para US$ 37 bilhões, puxado pelo minério de ferro. Em 2020 as exportações de minério de ferro foram 16% superiores, em dólar, ao total de 2019 (cerca de US$ 26 bilhões ante cerca de US$ 22 bilhões), e praticamente estáveis em volume: apenas 0,3% de crescimento, passando de 340,5 milhões de toneladas para 341,6 milhões de toneladas.

O ouro teve desempenho positivo nas exportações no ano passado, subindo de US$ 3,6 bilhões em 2019 para US$ 4,9 bilhões em 2020.

O setor arrecadou 35% a mais de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) no ano passado, totalizando R$ 6,1 bilhões, contra R$ 4,5 bilhões em 2019.

A previsão de investimentos para o período 2020-2024 subiu no final do ano, para US$ 38 bilhões, contra a estimativa de US$ 34,5 bilhões feita no início de 2020. O minério de ferro ficará com a maior fatia dos investimentos, US$ 15,5 bilhões.

Minas Gerais será o estado que mais vai receber aportes (US$ 13,2 bilhões), seguido da Bahia (US$ 10,2 bilhões) e Pará (US$ 8,8 bilhões).