A INTL FCStone corrigiu a informação de que teria reduzido a sua estimativa de produção de milho safrinha de 55,3 milhões de toneladas para 53,4 milhões de toneladas em 2017/18. A estimativa atualizada ainda é de 55,3 milhões de toneladas, queda de 17,8% ante o ciclo anterior. A informação incorreta estava em texto distribuído na terça-feira, 31. Segue a versão corrigida:

São Paulo, 01 – A menor oferta de milho e a incerteza sobre a tabela de fretes têm dificultado o escoamento do cereal no começo da janela de exportação, informou na terça-feira, 31, em relatório a consultoria INTL FCStone. No Brasil, os embarques de milho ao exterior ocorrem tradicionalmente no segundo semestre. Segundo a consultoria, os dados portuários apontam para uma exportação em julho de 2,12 milhões de toneladas, recuo de 37,7% em relação a igual período de 2017. O volume fica próximo do total de 1,6 milhão de toneladas exportado em julho de 2016, quando a safrinha teve quebra maior do que a atual.

A consultoria prevê produção de milho em safrinha em 2017/18 de 55,3 milhões de toneladas, o que representa queda de 17,8% ante o volume obtido no ano-safra anterior. O clima seco prejudicou o desenvolvimento das lavouras em abril e maio, segundo a FCStone. A oferta total de milho em 2017/18, estimada pela consultoria em 79,2 milhões de toneladas, 19,1% a menos do que em 2017, se reflete em preços mais elevados. “Entre os principais países exportadores, o Brasil possui atualmente o produto mais caro, cerca de US$ 8/tonelada acima da cotação na Ucrânia e US$ 21/tonelada acima dos Estados Unidos”, disse o analista de mercado da FCStone, João Macedo, na nota.

Além da menor oferta no Brasil e dos preços mais altos, as dúvidas sobre a logística atrapalham o escoamento da safra. A FCStone destacou que a primeira tabela de frete divulgada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), colocando valor mínimo no transporte rodoviário de cargas, continua válida, o que mantém o preço oficial dos fretes no País bastante elevado. “Ao contrário da soja, o milho possui margens e preços mais reduzidos, o que impede que os produtores internalizem os custos logísticos e aceitem os fretes maiores”, ressaltou Macedo.

A consultoria apontou ter ouvido relatos de fechamento de alguns negócios com fretes abaixo do valor tabelado, mas que também estaria ocorrendo desaceleração no ritmo de comercialização devido às incertezas sobre a tabela, o que tem por sua vez limitado a exportação do milho brasileiro.

Para agosto, a FCStone projetou a exportação de 2,5 milhões de toneladas de milho, com a maioria dos navios (62%) ainda em line-up, aguardando para atracar nos portos. “Este valor deve crescer com a chegada de novas embarcações, porém, ainda deve ficar abaixo do observado em 2017”, disse a consultoria.