São Paulo, 10/10 – A produção chinesa de fertilizantes ainda gera dúvida e pode dar suporte às cotações internacionais, afirma a INTL FCStone em relatório divulgado nesta terça-feira, 10. Segundo a consultoria, os preços iniciaram uma tendência de alta nas últimas semanas do terceiro trimestre mas, com a queda sazonal da demanda no quarto trimestre, é possível que um teto tenha sido atingido.

Sobre os nitrogenados, a FCStone afirma que Europa e Estados Unidos se encontram bem supridos. A Índia, por outro lado, deverá ser a protagonista do mercado nos próximos três meses, realizando mais concorrências para importação de ureia. O Brasil também pode ter um papel chave na demanda, especialmente no fim do trimestre, com compras para a safrinha de milho, diz a consultoria.

Para os fosfatados, a perspectiva é de escassez. Parte disso está relacionado com os danos causados à produção da Flórida pelo furacão Irma, estimado em 400 mil t pela Mosaic. “Contudo, o principal fator, novamente, é a baixa oferta chinesa, onde um consórcio de produtores tem regulado a quantidade disponibilizada para exportação”, explica, em relatório da INTL FCStone.

Já para o mercado de potássio, a FCStone afirma que a demanda do Brasil e dos EUA impulsionam os preços. “Este último importou, nos sete primeiros meses do ano, um volume recorde de 7,39 mi t, para suprir a demanda de sua safra recorde de soja e milho”, diz analista de mercado da FCStone, Fábio Rezende.