O setor de serviços da cidade São Paulo registrou no mês de maio uma queda de 20,1% no faturamento real, ante o mesmo período do ano passado. Segmentos de Turismo e de pequenas empresas foram os mais afetados na capital paulista, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O faturamento do setor de serviços no mês de maio foi de R$ 27,5 bilhões, o que representa R$ 6,9 bilhões a menos do que o registrado no mesmo período em 2019. No acumulado do ano, o recuo foi de -6,4%. Em contrapartida, nos últimos 12 meses, o balanço ainda está positivo (5,9%), com a contagem dos meses anteriores à quarentena.

Com queda de 87,1% as empresas de Turismo e Hospedagem registraram o pior desempenho se comparadas ao mesmo período do ano passado, segundo o balanço da FecomercioSP, apresentando um faturamento R$ 698 milhões inferior ao registrado em maio do ano passado. Em relação ao acumulado no ano, a atividade sofreu queda de 40,8%. Em números absolutos, significa uma perda de R$ 1,6 bilhão.

De acordo com a FecomercioSP, mesmo com os esforços do Poder Público ao liberar crédito para os pequenos empresários, os estabelecimentos de serviços vêm sendo fortemente impactados pela atual crise gerada pela pandemia.

Com perda de R$ 2,8 bilhões, as micros e as pequenas empresas de serviços da capital paulista, enquadradas no regime do Simples Nacional, registraram baixa de 63,6% nas suas receitas na comparação com maio do ano passado. No que tange ao acumulado no ano, as empresas desse regime tributário registraram queda de 37,8%, com perda de R$ 7,9 bilhões. De acordo com federação, mesmo com a retomada das atividades, grande parte dos bares e restaurantes estão nesse grupo e, mesmo com a realização de entregas por delivery, não conseguiram manter suas receitas nos mesmos patamares.

A Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) utiliza informações baseadas nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Município de São Paulo e a FecomercioSP. O indicador conta com uma série histórica desde 2010. As atividades foram reunidas em 13 grupos, levando em conta as suas similaridades e a representação no total do que é arrecadado de ISS no município.