Na mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americana), a maioria dos dirigentes julgou que pode ser apropriado iniciar a redução do programa de compra de ativos ainda neste ano. De acordo com a ata do encontro, divulgada nesta quarta-feira, os dirigentes avaliaram que a discussão pela retirada de estímulos à economia é bem-vinda, no entanto, não chegaram a definições sobre como se dará o processo.

A maioria dos participantes do encontro notou que, desde que a economia evolua “amplamente conforme previsto”, pode ser apropriado começar a reduzir o ritmo de compras de ativos este ano porque o critério de “progresso adicional substancial” do Comitê estaria satisfeito com relação à meta de estabilidade de preços e perto da meta de emprego, segundo o documento. Por outro lado, “vários” dirigentes afirmaram que o começo da redução nas compras deveria ser no início do próximo ano, tendo em vista a meta de máximo emprego, aponta a ata.

A maioria dos participantes da reunião avaliou que o “progresso substancial” ainda não foi alcançado para a retirada, no processo conhecido como “tapering”, segundo o documento. Por sua vez, alguns dirigentes indicaram que a atual trajetória da inflação levanta dúvidas sobre o objetivo de estabilidade de preços definido pela autoridade, de acordo com a ata.

Com relação aos efeitos da pandemia, vários dirigentes indicaram que ajustariam suas visões sobre o caminho apropriado das compras se os efeitos econômicos de novas cepas do coronavírus forem notavelmente pior do que o previsto, e impedirem significativamente o progresso rumo aos objetivos do Fed, segundo a ata.