São Paulo, 16 – O presidente da Fertilizantes Heringer, Dalton Heringer, disse que a companhia espera um consumo recorde de fertilizantes no Brasil em 2018, de 35 milhões de toneladas, 2% superior ao de 2017, quando 34,4 milhões de toneladas foram entregues. “A depender de algumas questões, como preços de commodities, fatores climáticos e momento em que forem realizados os plantios das culturas neste ano, o crescimento pode vir a superar 2%”, disse Heringer a analistas, durante teleconferência sobre os resultados da companhia no primeiro trimestre de 2018.

O executivo aponta o cenário positivo para os preços da soja e do milho no mercado internacional, sustentados pela quebra de safra na Argentina. “A soja representa 43% do consumo de fertilizantes no País”, diz. Heringer chamou atenção também para os sucessivos reajustes feitos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em suas estimativas de produção de soja, hoje de 229,5 milhões de toneladas.

Os preços domésticos do milho, que vêm subindo com a menor oferta de milho verão e a falta de chuvas em regiões produtoras do cereal de segunda safra, também abrem possibilidade para vendas maiores de adubo para a cultura. “Vale destacar que o quadro para as pequenas culturas, dentre as quais hortaliças e frutas, está melhorando”, ponderou Heringer. Os preços atuais destes alimentos, conforme o presidente da companhia, são mais rentáveis para produtores do segmento, o que deve levar a um consumo maior de adubos neste ano.

O otimismo também se justifica porque os preços em patamares elevados em 2018 têm estimulado produtores a “comercializar seus grãos de forma mais rápida e comprar fertilizantes em velocidade maior do que em 2017”, afirma Heringer.