Cerca de 23% dos fertilizantes analisados durante o Circuito Tecnológico Etapa Milho, realizado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) entre janeiro e abril, foram reprovados. De acordo com a associação, os produtos tinham macro e micro nutrientes em volume abaixo do mínimo indicado. Ao todo, foram coletadas 330 amostras de adubos, das quais 256 foram aprovadas e 74, reprovadas.

Na avaliação da gerente da comissão de sustentabilidade da Aprosoja, Marlene Lima, o porcentual é alto e mostra que o produtor deve verificar a qualidade dos produtos utilizados no plantio. “Ele deve estar atento e acompanhar a entrega dos fertilizantes na propriedade. Para ajudá-lo, elaboramos folder e informe técnico com todas as orientações”, disse a gerente no comunicado.

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As coletas foram feitas de forma presencial, em até dez dias após os produtores receberem os produtos na fazenda para a produção de milho segunda safra. Nos meses de março e abril, em que as práticas de distanciamento social começaram a ser adotadas no País para conter o avanço da pandemia da covid-19, as coletas continuaram sendo realizadas presencialmente, porém seguindo regras de proteção e higiene e mantendo a distância necessária entre o supervisor de projetos da Aprosoja e o representante da propriedade.

Por meio do Circuito Tecnológico, supervisores do projeto visitam agricultores das diversas regiões de Mato Grosso para coletar fertilizantes e sementes a fim de encaminhar o material para análise em laboratório. Os resultados são entregues ao produtor com um parecer técnico. Os nomes dos fabricantes são preservados, segundo a Aprosoja, já que a função do programa não é condenar ou beneficiar indústrias, mas orientar o produtor quanto à qualidade dos insumos disponíveis no mercado.