O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 4,3 pontos na passagem de dezembro de 2021 para janeiro deste ano, na série com ajuste sazonal, para 91,2 pontos, informou nesta sexta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda levou o índice ao menor nível desde maio do ano passado, quando ficou em 88,1 pontos. Foi também a maior queda desde março de 2020, quando o País foi atingido pela segunda onda da pandemia de covid-19, com recordes de número de mortos. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 2,6 pontos.

“O resultado negativo desse mês parece refletir a desaceleração que já vinha sendo sinalizada nos últimos meses, mas com o acréscimo da nova onda da pandemia. Além do cenário macroeconômico ainda difícil e da cautela dos consumidores, a volta de algumas medidas restritivas já impacta a atividade do setor e liga o sinal de alerta sobre o ritmo dos próximos meses. Enquanto esses fatores persistirem vai ser difícil observar o retorno da tendência positiva da confiança no setor de serviços”, diz a nota divulgada nesta sexta pela FGV.

Em janeiro, o Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 3,1 pontos, para 89,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 5,5 pontos, para 93,2 pontos.

A queda do ICS atingiu seis dos sete principais segmentos pesquisados, informou a FGV. O destaque negativo foram os serviços prestados às famílias. “No final de 2021, o segmento contribuiu positivamente para a recuperação do setor, atingindo nível de confiança acima do resultado agregado. Contudo, a queda nos serviços prestados às famílias se mostra mais intensa nesse mês com o surto de Ômicron e Influenza, fazendo com que a confiança retorne a patamar inferior aos demais segmentos”, diz a nota da FGV.

A Sondagem de Serviços de novembro coletou informações de 1.407 empresas entre os dias 3 e 26 do mês.