O fluxo total de veículos em estradas com pedágio recuou 6,7% em janeiro ante dezembro de 2021, na série com ajuste sazonal, informaram a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e a Tendências Consultoria Integrada. Foi a maior contração desde março de 2021 (-13,0%), quando o País foi atingido pela segunda onda de covid-19, e a quinta maior da série histórica.

Nas aberturas, o fluxo de veículos pesados recuou 1,4% na margem em janeiro, interrompendo uma sequência de três expansões consecutivas, de outubro a dezembro. O fluxo de veículos leves teve contração de 9,6%, também a quinta maior da série histórica e a mais intensa queda desde março do ano passado (-18,0%).

“O resultado do fluxo de veículos leves indica os impactos negativos propiciados pelo aumento expressivo de novos casos de covid-19, em conjunto com o avanço da Influenza H3N2, além de restrições financeiras às famílias que desestimulam o lazer e o turismo”, afirma a analista da Tendências Andressa Guerrero, em nota. “Já o fluxo de veículos pesados apresentou ligeira queda, indicando uma maior resiliência do trânsito de pesados.”

Na comparação com janeiro de 2021, o fluxo total de veículos recuou 0,1% nesta leitura, com queda de 0,4% do segmento de leves e alta de 0,5% do trânsito de pesados. Em 12 meses, o índice total sobe 9,4%, com altas disseminadas entre pesados (7,3%) e leves (10,1%).

Estados

O fluxo total de veículos nas estradas de São Paulo caiu 5,2% na margem em janeiro, na série com ajuste sazonal, puxado por retração nos segmentos de leves (-10,1%) e pesados (-2,3%). Em relação ao mesmo mês de 2021, o fluxo total recuou 0,9%, também com quedas disseminadas entre leves (-0,9%) e pesados (-0,7%).

No Rio de Janeiro, o fluxo total de veículos caiu 4,8% em janeiro ante dezembro, puxado pela retração dos veículos leves (-4,6%), apesar de uma alta de 0,6% no trânsito dos pesados. Na comparação interanual, o fluxo total caiu 0,5%, também com contração de leves (-1,1%) e alta de pesados (3,0%).

O fluxo total de veículos acumula alta de 9,4% em 12 meses nas estradas de São Paulo, com crescimento de 10,3% entre os leves e de 6,4% entre os pesados. Nas rodovias fluminenses, o fluxo total avança 12,0% em 12 meses, também com aumentos disseminados entre leves (13,0%) e pesados (7,8%).