O movimento de veículos em estradas pedagiadas do Brasil subiu 7,3% em fevereiro contra janeiro, em resultado que ajusta diferenças sazonais entre os meses e é atribuído ao arrefecimento da onda de contaminações pela Ômicron após o pico do primeiro mês do ano.

Medido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), em conjunto com a consultoria Tendências, o índice que mede o fluxo de veículos que passaram por pedágios no mês passado também mostrou alta, de 3,1%, na comparação com o total apurado em fevereiro de 2021.

Com resultado que reverte a variação negativa de janeiro, o primeiro bimestre terminou com alta de 1,4% no movimento de veículos, o que leva para 10,4% o crescimento do fluxo nas estradas no recorte dos últimos doze meses.

Na passagem de janeiro para fevereiro, a movimentação de veículos leves subiu 9,8%, enquanto a de veículos pesados teve alta de 1,1%.

Segundo Andressa Guerrero, analista da Tendências, o movimento de veículos leves, o que inclui os carros de passeio, voltou para perto do patamar de dezembro ao se recuperar da queda provocada, principalmente, pelo pico de contaminações da pandemia em janeiro.

“O movimento acompanha, em grande medida, a evolução do quadro sanitário no País, diante da queda de transmissões e internações ligadas à variante Ômicron”, comenta a analista.

Já o fluxo de veículos pesados, como os caminhões, tem mostrado estabilidade, apesar de gargalos e aumento de custo que restringem a produção da indústria e, como consequência, o transporte de cargas.

Frente ao segundo mês de 2021, o fluxo de veículos leves nas estradas avançou 3,8%, o que permitiu altas de 1,6% no acumulado do primeiro bimestre e de 11,6% nos últimos doze meses.

Já o movimento de veículos pesados nas estradas pedagiadas brasileiras subiu 1,2% ante fevereiro do ano passado, com crescimento de 0,9% no primeiro bimestre e de 6,9% em doze meses.