São Paulo, 10 – As passagens de veículos pelas praças de pedágios em novembro cresceram 1,6% na comparação com outubro, descontados os efeitos sazonais, informou nesta segunda-feira, 10, a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). Os dados da ABCR são calculados em parceria com a Tendências Consultoria Integrada. Na mesma base de comparação, o fluxo de leves cresceu 2,6% e o de pesados avançou 0,6%.

“A expansão do fluxo total foi resultado do crescimento de seus dois componentes, veículos leves e pesados, considerando a série livre dos efeitos sazonais”, explica Thiago Xavier, analista da Tendências Consultoria.

Para ele, mantida a métrica avaliada, o crescimento do fluxo de leves em outubro mais do que reverteu a perda do mês anterior, que foi de uma queda de 1,1%. Dessa forma, o indicador apresentou resultado positivo em 5 das 6 últimas pesquisas, o que evidencia uma tendência de moderado crescimento.

Contudo, diz Xavier, os ganhos acumulados no período foram insuficientes para trazer o indicador a nível semelhante ao observado antes da paralisação dos caminhoneiros, no final de maio.

Ainda na comparação mensal dessazonalizada, o índice de fluxo pedagiado de veículos leves apresentou expansão de 2,6%, enquanto o de pesados elevou 0,6%, comparados a outubro. “Em relação ao fluxo de veículos pesados, o indicador apresentou o segundo crescimento consecutivo, embora tais resultados não compensem a perda ocorrida em setembro, quando se observou um recuo de 1,5%”, disse.

Para o economista, os ganhos limitados dos últimos meses são consistentes com o atual desempenho da produção industrial, a qual tem sinalizado relativa perda de velocidade em seu processo de recuperação. Na comparação com novembro do ano passado, o fluxo total de veículos ficou estável. O dos leves caiu 0,3% e o dos pesados cresceu 0,6%.

No acumulado do ano até novembro, o total de veículos que passaram pelas praças de pedágios caiu 1,7%, o leves reduziram em 2,6% suas viagens e os pesados mostraram crescimento de 0,8%. No acumulado de 12 meses, o fluxo total caiu 1,3%, os leves recuaram 2,1% e os pesados cresceram 1%.