O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na América Latina e do Caribe a 6,3% em 2021 um aumento de 1,7 ponto porcentual em comparação à estimativa feita em abril. Para 2022, o crescimento deve ser de 3%, segundo relatório divulgado pela instituição nesta quinta-feira.

A revisão para cima na projeção se deu conforme o crescimento na primeira metade de 2021 foi “surpreendentemente forte”, diz o FMI, com as contribuições de demandas internas e externas. “Isso refletiu um impacto menor do que esperado da pandemia sobre as atividades econômicas, apoio maior do que o esperado pelas políticas fiscais e o preço mais alto das commodities, entre outros fatores”.

No documento, o FMI afirma que o crescimento econômico deste ano reflete uma recuperação do colapso vivido em 2020 e ocorre de forma ampla pelos setores abrangendo consumo, investimento e exportações, que vêm sendo compensadas pelo aumento das importações associado à recuperação da demanda interna.

“A demanda externa tem sido um importante motor de crescimento para os exportadores de commodities na América do Sul”, diz a instituição, que observa que os as altas nos preços das commodities, historicamente, são associadas a elevação no crescimento do PIB em países latino-americanos.

O México e a América Central foram especialmente apoiados pela demanda dos Estados Unidos, observa o documento. A América Central também é sustentada por remessas robustas.

Para os países do Caribe dependentes do turismo, a demanda externa permanecerá moderada até que a segurança das viagens internacionais seja garantida por uma maior taxa de vacinação global e os casos de covid-19 diminuam ainda mais, prevê o FMI.