O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), afirmou que não descarta a ideia de ter seu nome relacionado ao do presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma espécie de aliança denominada ‘GarBolso’ nas eleições de 2022. A declaração foi dada nesta quarta-feira, 4, após o pré-candidato à reeleição ao governo estadual ser questionado sobre a possibilidade de adotar a mesma estratégia de seu antecessor João Doria (PSDB), que em 2018 incorporou o voto ‘BolsoDoria’. “Eu quero receber voto de todos aqueles que moram em São Paulo, que votam em São Paulo, que acham que eu vou ser o melhor governador de São Paulo.”

Para Garcia, “é assim que funciona o processo democrático”. “Eu fico feliz de ter voto dessas pessoas que pensam igual a mim, ou que pensam diferente de mim, mas identificam que, como governador, eu posso ser um bom governador”, disse, em sabatina promovida pela Folha de S.Paulo em parceria com o UOL.

Questionado se acolheria a produção de santinhos com sua imagem ao lado de Bolsonaro, o governador desconversou. “Você só está olhando esse lado, e o Solidariedade que me apoia e apoia o Lula a Presidente da República? E o MDB, que pode ter seu candidato?”, questionou.

Mais cedo na entrevista, entretanto, Garcia tinha sinalizado posição de independência na disputa estadual ao dizer que “não sou candidato de A ou de B, sou candidato da minha história”, quando perguntado sobre a possibilidade de colar sua imagem à de Doria.

Minutos depois, em uma nova contradição entre as falas, Garcia defendeu o nome do ex-governador de São Paulo João Doria na escolha de nome único de centro à disputa ao Planalto.

“Não tenho dúvidas que o Doria tem muito a mostrar nesse centro democrático, é o mais experiente dos pré-candidatos colocados, mas volto a dizer, nós vamos, através de pesquisas, identificar aquele que melhor representa nesse momento o futuro do Brasil. Eu defendo particularmente o nosso candidato do PSDB, o João Doria, e vamos aguardar agora a discussão desse centro democrático”, disse durante sabatina realizada pelo Uol/Folha.

“Comecei a minha vida (política) em 1995, aos meus 20 anos de idade, ao lado do Mário Covas”, disse. “Naturalmente eu levo na eleição essa história, os acertos e eventuais equívocos dessa história para ser escrutinado pela população”, declarou. “São Paulo não vai andar na garupa de ninguém nessas eleições nacionais”, pontuou Garcia.

PSDB, MDB e Cidadania estudam lançar um nome único à Presidência. Estão no páreo Doria e a senadora Simone Tebet (MDB-MS). O União Brasil também fazia parte das conversas, mas decidiu desembarcar do projeto.

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