N os últimos meses, todas as atenções da economia brasileira se voltaram para as atividades do agronegócio. Isso porque, diante do cenário econômico adverso que o País vem enfrentado, a agropecuária tem se comportado como uma tábua de salvação, minimizando os resultados negativos – o setor foi o único que manteve índice de crescimento em 2015. Segundo o mais recente levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio cresceu 4,7%, no primeiro trimestre do ano, frente ao mesmo período de 2014. Enquanto o PIB nacional teve uma retração de 0,2%.

Impulsionada por estes resultados, toda a cadeia produtiva do agronegócio busca fôlego para manter os resultados e efeitos positivos do setor na macroeconomia. Entre investimentos e revisões de processos, as organizações perseguem um único objetivo: conquistar a preferência do mercado. Mesmo no setor produtivo, quando não se lida com a comercialização de um produto final, há competição de mercado. Toda empresa que trabalha com commodities passa por ciclos que oscilam, e assumir uma postura competitiva e com foco em gestão de resultado, abre uma janela de oportunidade para o crescimento.

Nesse contexto competitivo, buscam-se os melhores preços de insumos, as melhores pessoas e a melhor estrutura para que se tenha condições de exercer poder no momento da negociação. Irão se sobressair aqueles que oferecerem o melhor diferencial competitivo. E não necessariamente estamos falando de tecnologias ou infraestrutura de primeiro mundo, mas de um ativo que é exclusivo de cada organização: a sua cultura.


Direcionamento: o papel da liderança é fundamental, para que a gestão com foco em resultado, se torne efetiva e perene

A cultura organizacional é um conjunto de comportamentos valorizados e reconhecidos que, por si só, são replicados por todas as pessoas envolvidas com determinada empresa. Por isso, dificilmente conseguem ser replicadas em outro lugar. A construção de uma cultura de gestão, com foco em resultado, propõe uma solução colaborativa nas quais as pessoas são agentes transformadores. O sistema denominado Gestão de Resultado tem início com o alinhamento das expectativas da organização e dos colaboradores. A organização define o seu objetivo global e distribui metas atingíveis e desafiadoras para todos os níveis hierárquicos. Assim, há uma mudança de postura. Os indivíduos passam a se ver como donos do negócio, pensando e agindo orientados para os resultados. Esse método gerencial foca nos meios para atingir os fins.  Para isso, é estabelecida uma relação de causa-efeito com o objetivo de se chegar, de forma lógica, aos fatores que estão gerando aqueles resultados. Assim, as pessoas começam a agir estrategicamente e passam a ter uma visão clara sobre a importância de sua contribuição para as conquistas da empresa.

Para que essa gestão com foco em resultado se torne efetiva e perene, o papel da liderança é fundamental. O líder será responsável por gerenciar, capacitar e motivar as pessoas, mantendo todos os esforços voltados para um mesmo resultado. Com a condução excelente do processo de gestão, ao longo do tempo, a cultura deixa de ser algo intangível para se tornar perceptível no comportamento de seus colaboradores. Esse processo de consolidação demanda tempo, em média três anos, além de esforço e de engajamento. Mas, o conjunto de processos da gestão de resultados traz uma nova perspectiva de organização para a empresa e resultados efetivos que contribuem para sua perpetuação.

Adotar uma postura estratégica, tendo a cultura de gestão focada em resultados, torna a empresa mais competitiva e lhe dá condições para que sobreviva de forma sustentável. Esta pode ser a chave do sucesso para que o agronegócio se fortaleça ainda mais e chegue ao fim de 2015 como o grande herói da economia nacional.