Fundos de investimento com mais de US$ 4 trilhões (mais de R$ 20 trilhões) em gestão solicitaram ao Brasil que suspenda o desmatamento na Amazônia em uma carta aberta, segundo a IstoÉ Dinheiro.

O documento alerta que a perda da biodiversidade e as emissões de carbono representam um “risco sistêmico” aos seus portfólios de investimentos.

Na avaliação dos gerentes de fundos europeus, asiáticos e sul-americanos, o governo Jair Bolsonaro estaria camuflando, com a crise sanitária da covid-19, o avanço da desregulamentação ambiental. E o resultado disso, na avaliação desses investidores institucionais seria, seria o comprometimento da “sobrevivência da Amazônia”.

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“Estamos preocupados com o impacto financeiro do desmatamento, bem como as violações dos direitos dos povos indígenas, os quais implicam em potenciais consequências para os riscos de reputação, operacionais e regulatórios de nossos clientes e empresas investidas”, diz o texto.

Atualmente, um total de 829 km2 da Amazônia brasileira, 14 vezes a área da ilha de Manhattan, em Nova York, foram perdidos para o desmatamento só em maio, segundo dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A cifra corresponde a um aumento de 12% com relação ao desmatamento do ano passado e marca o pior mês de maio desde que os registros começaram a ser feitos, em agosto de 2015, aponta a IstoÉ Dinheiro.