Os planos da Great Wall no Brasil incluem aumentar em cinco vezes a capacidade de produção da fábrica adquirida da Mercedes-Benz no interior de São Paulo, de onde a montadora chinesa pretende fabricar carros não apenas ao mercado brasileiro, mas também a países vizinhos do continente.

Assim que a fábrica for entregue pelos alemães, o que deve acontecer até o fim deste ano, a Great Wall começa a adaptar as instalações às suas linhas de produtos, elevando o potencial de produção para 100 mil automóveis por ano. A unidade, que produzia modelos premium da Mercedes, foi projetada para montar no máximo 20 mil veículos por ano.

O Brasil faz parte do projeto de internacionalização da Great Wall, cujos últimos movimentos envolveram ainda a compra de fábricas da General Motors (GM) na Índia e na Tailândia, esta inaugurada há dois meses.

No ano passado, a montadora vendeu 1,1 milhão de veículos em todo o mundo, sendo 67% do total – 750 mil unidades – referente a vendas de utilitários esportivos da Haval, marca cotada a ser produzida nas linhas que a Great Wall comprou da Mercedes em Iracemápolis, cidade a 170 quilômetros da capital paulista, onde está o maior mercado do País.

A intenção dos chineses é extrapolar, porém, as fronteiras do País e levar os modelos fabricados no Brasil a mercados vizinhos da América do Sul.

Em comunicado no qual confirma a investida no Brasil, Liu Xiangshang, vice-presidente da Great Wall, considerou o País um mercado estratégico dentro das ambições do grupo chinês de se colocar entre os maiores fabricantes de automóveis do mundo.

“Consideramos o Brasil um mercado estratégico no plano global de internacionalização. Dentro deste plano, nos dedicamos a estudar as preferências dos consumidores locais e o desenvolvimento e mudanças do mercado automobilístico”, comenta o executivo.