O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a admitir problemas com a aprovação do Orçamento de 2021, mas repetiu que essa dificuldade seria “temporária” uma vez que as lideranças políticas estão buscando correções para os excessos do projeto. O texto aprovado pelo Congresso subestimou as despesas obrigatórias para abrir mais espaço para emendas parlamentares.

“Há muito barulho sobre crise política e problemas com Orçamento, mas é só ruído. O que temos é uma coalização política que vai aprovar pela primeira vez o orçamento em conjunto. Houve alguns excessos sim, mas acredito que teremos em breve uma solução”, afirmou Guedes, em participação no 2021 Brazil Summit, organizado pela Brazilian-American Chamber of Commerce.

Para o ministro, o desafio é encaixar as emendas impositivas dentro dos programas do governo. “(Os parlamentares) querem aparecer na foto com o presidente da República, porque haverá eleições no próximo ano”, alfinetou.

Guedes foi enfático ao dizer que, da forma como está, o Orçamento de 2021 é inexequível. “A questão é como resolver isso. Uma saída é politicamente conveniente, mas deixa uma sombra jurídica sobre o governo. A outra solução é perfeitamente jurídica, mas politicamente inconveniente. Mas estamos trabalhando juntos para corrigir os excessos, não estamos brigando, somos parceiros”, completou.