Hackers roubaram dados de vacinas contra a covid-19, manipularam e publicaram na dark web para gerar desinformação e desconfiança sobre os imunizantes, de acordo com analistas de segurança cibernética e com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês).

A agência sediada em Amsterdã, que regula medicamentos para humanos e animais na União Europeia, divulgou a ocorrência de um ataque cibernético em 9 de dezembro em que um e-mail sobre a vacina desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech SE foi roubado antes da aprovação de uso emergencial pela EMA. .

Cerca de 55 arquivos com capturas de tela de conversas por e-mail, apresentações em PowerPoint e outros documentos da Pfizer foram vazados e postados em fóruns da dark web, de acordo com Nicola Bressan, diretor de tecnologia da Yarix Srl do Var Group SpA, uma empresa italiana de segurança cibernética que relatou ter encontrado os dados neste mês.

“É óbvio que esse tipo de informação, manipulada ou não, tem a intenção de minar a credibilidade da vacina”, disse Bressan.

Entre os arquivos do vazamento, de acordo com documentos visualizados pelo WSJ Pro Cybersecurity, estão notas de reuniões e análises sobre a vacina e respostas a consultas de reguladores.