A cervejaria holandesa Heineken anunciou, no mês passado, a aquisição dos negócios da japonesa Kirin no Brasil. No total, os holandeses pagarão R$ 2,2 bilhões pelas doze fábricas da Brasil Kirin. No pacote estão incluídas as marcas Schin, Baden Baden, Eisenbahn, Cintra e Glacial, além de outros produtos como águas e refrigerantes. A Heineken, que já é dona das marcas Amstel, Desperados, Sol, Kaiser, Bavária e Xingu, se consolida como a segunda maior cervejaria do País, à frente da Petrópolis, com cerca de 20% do mercado. A líder do mercado é a AB InBev com cerca de 60%.

EMBUTIDOS
Mortadela em dobro 

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Com um faturamento de R$ 300 milhões em 2016, ano em que vendeu 18 mil toneladas de embutidos, a paulistana Ceratti anunciou, no mês passado, o plano de dobrar a sua receita bruta até 2020. Seu carro-chefe é a mortadela, produzida há 80 anos. Para crescer, a empresa, que tem Mário Ceratti como diretor e sócio, pretende investir em ações de marketing fora do Estado de São Paulo, que atualmente representa 70% de seu mercado.

COOPERATIVA
Mais dinheiro no bolso  

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A cooperativa Aurora de Alimentos, de Chapecó (SC), anunciou, em feveiro, a receita de 2016. Ela foi de R$ 8,5 bilhões, 12,9% acima de 2015. Mário Lanznaster, presidente da Aurora, diz que os preços dos insumos e do milho reduziram a rentabilidade. Por isso, embora a receita tenha aumentado, as sobras distribuídas entre os cooperados não teve o mesmo desempenho. Ela foi de R$ 109,2 milhões, 1,4% da receita líquida. Em 2015, o valor foi de R$ 246 milhões, 3,5% da receita.

NUTRIÇÃO
Alta performance

A multinacional holandesa DSM, com atuação no Brasil na área de nutrição animal, teve um lucro global de € 1,3 bilhão em 2016, aumento de 17% em relação a 2015. As vendas do grupo, segundo os dados divulgados em fevereiro, também cresceram. O aumento foi de 3%, para um valor que chegou a € 7,9 bilhões. Na América Latina, o comércio de produtos rendeu € 544 milhões, o que elevou a participação da região a 7% do total.

COOPERATIVA
Prontos para crescer 

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A cooperativa C.Vale, com sede no município de Palotina (PR), faturou R$ 6,8 bilhões em 2016, 24% a mais do que 2015. De acordo com o presidente Alfredo Lang, o desempenho foi fruto da expansão das atividades para o Rio Grande do Sul, onde foram originadas 6,7 milhões de sacas de soja. A C.Vale também atua nos setores de milho, trigo, frangos, leite, suínos, mandioca e insumo. Para continuar crescendo, a CV vai contratar 1,1 mil profissionais neste ano: 700 para a unidade de abate de frangos e 400 para o frigorífico de peixes, que será inaugurado.

CARNES
Primeiro prejuízo

A BRF, criada em 2009 pela fusão da Sadia com a Perdigão, registrou em 2016 o primeiro prejuízo anual de sua história. O prejuízo líquido foi de R$ 372 milhões, ante um lucro de R$ 2,9 bilhões em 2015. Apesar disso, a receita líquida da empresa cresceu 4,8% no ano e chegou a R$ 33,7 bilhões. O desaquecimento do mercado interno, responsável por 40% das vendas do grupo, e a apreciação do real perante o dólar, foram apontados pela BRF como as causas do mal resultado.

PROPÓSITO

96“Se as missões internacionais do Ministério da Agricultura continuarem nesse ritmo, o Brasil conseguirá atingir os 10% do comércio mundial antes do prazo de cinco anos “Jacyr Costa Filho, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP e do grupo Tereos no Brasil

SAÚDE ANIMAL
Lucro maior em caixa

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A indústria farmacêutica americana Zoetis, especializada em saúde animal e presente em 70 países, faturou
US$ 4,9 bilhões no ano passado, um aumento de 3% ante 2015. De acordo com dados apresentados em fevereiro, o lucro global acumulado em 2016 passou de US$ 339 milhões para US$ 821 milhões, um aumento de 142%.

BIOCOMBUSTÍVEL
Recorde para o etanol americano

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Os Estados Unidos obtiveram, em 2016, uma receita de US$ 2 bilhões com as exportações de etanol, um aumento de 13% ante 2015. É o terceiro maior faturamento da história do país. No ano, foram exportados 3,9 bilhões de litros do biocombustível produzido a partir do milho, um crescimento de 27%. O Brasil foi o principal destino do etanol americano, com um bilhão litros importados.

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SEGURO
Indenizações disparam

As adversidades climáticas fizeram com que as indenizações pagas pelas seguradoras aos produtores rurais disparassem em 2016. Os dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostram que foram cobertos prejuízos da ordem de R$ 1,3 bilhão no ano passado, ante R$ 700 milhões em 2015. Desse total, R$ 1 bilhão, cerca de 55% do total, foi de apólices que tinham subsídios do governo federal. No total, os recursos públicos somaram R$ 400 milhões.

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