Rio, 10/01 – A produção de algodão herbáceo poderá ser recorde neste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta terça-feira, 10, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola e o terceiro prognóstico da Safra 2017. A estimativa é de crescimento de 6,9% da produção em relação a 2016, alcançando 3,6 milhões de toneladas. Apenas em Mato Grosso, principal produtor, o crescimento projetado é de 1,4%, enquanto na Bahia espera-se aumento de 15% em relação a 2016.

A previsão para o arroz é de produção de 11,59 milhões de t e área plantada 2% menor, o que representa um rendimento médio de 5.920 kg por hectare (ha). No Rio Grande do Sul, responsável por 71,8% da produção nacional, devem ser colhidos 8,32 milhões de t. Em Santa Catarina, segundo maior produtor nacional, a produção estimada é de 1,08 milhões de t.

O IBGE destacou, ainda, a estimativa de produção do feijão em grão, de 3,3 milhões de t, o que significa aumento 26,9% em relação a 2016. “Esse expressivo crescimento resulta do acréscimo na área a ser colhida, estimada em 1.792.603 hectares (ha), 23,9% maior que no período anterior, quando muitas lavouras da região Nordeste foram afetadas pela seca. O aumento das estimativas de área plantada e da área a ser colhida decorre também do bom preço do produto, que se manteve em um patamar elevado durante 2016”, informou.

Já a projeção para o café é de produção de 2.666.727 toneladas neste ano, ou 44,4 milhões de sacas de 60 kg, com destaque para o arábica, que responde por 80,1% do total (2.153.410 t) e deve ter a colheita reduzida em 16,7% comparado a 2016, quando as condições climáticas favoreceram a cultura. “Além disso, 2016 foi considerado ano de bienalidade positiva, ou seja, quando as lavouras apresentam maior resposta em termos de produção, característica fisiológica intrínseca a esse tipo de café, que alterna ano de produção alta com ano de produção baixa”, informou o IBGE.

A produção do café conillon, no entanto, deve crescer. É esperada alta de 9,6% diante da produção de 513.317 t no ano, por conta da safra comprometida no Espírito Santo, maior produtor, em 2016, por conta da seca “que assolou os principais municípios do Estado”, segundo o comunicado do instituto.