São Paulo, 26 – O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês), com sede em Londres, manteve praticamente inalterada sua previsão de produção global de grãos na temporada 2020/21 no relatório de fevereiro. Houve um pequeno corte de 6 milhões de toneladas, para 2,216 bilhões de toneladas, ante 2,210 bilhões de toneladas anteriormente previstas. O ajuste feito na estimativa divulgada em janeiro ocorreu, segundo o IGC, por causa de safras de trigo maiores do que as estimadas anteriormente na Austrália, no Casaquistão e na Rússia.

Em relação ao consumo total de grãos, a entidade também manteve inalterada a estimativa anterior, de 2,216 bilhões de toneladas. A justificativa é uma menor expectativa de uso de milho para ração animal e nas indústrias. As previsões de déficits de mercado para milho e soja na safra 2020/21 permanecem inalteradas, em 29 milhões e 6 milhões de toneladas, respectivamente.

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Nas perspectivas para 2021/22, O IGC também deixou inalterada a expectativa de um novo aumento da produção mundial de trigo, com aumento de 2% na comparação anual, para 790 milhões de toneladas.

A estimativa para a soja teve pequenas revisões para cima na produção e suprimentos de soja canalizados para o consumo. A previsão do Conselho para os estoques finais mundiais em 2020/21 foi mantida em 45 milhões de toneladas, a segunda queda anual sucessiva e queda de 11% ano a ano.

Os estoques dos principais exportadores estão estáveis em 10 milhões toneladas (mês a mês), já que há perspectiva de redução nos Estados Unidos compensada por uma elevação para o Brasil, diz o IGC. “Refletindo despachos maiores do que o esperado até agora, a perspectiva comercial foi elevada em 1 milhão de toneladas, para 169 milhões, um pouco abaixo do recorde da temporada anterior.”

A atualização deste mês para as perspectivas de oferta e demanda de trigo para 2021/22 não vê nenhuma mudança na projeção de produção anterior, ainda posicionada em um recorde de 790 mil toneladas, alta de 2% ano a ano.